Ryzhik, o gato das ruas da Sibéria que ganhou quatro próteses para substituir as patas congeladas - Vetsapiens

Ryzhik, o gato das ruas da Sibéria que ganhou quatro próteses para substituir as patas congeladas

10 de fevereiro de 2020

O felino foi encontrado nas ruas de uma cidade na Sibéria com as quatro patas congeladas. Dois anos depois, mesmo que ainda mancando, já caminha com normalidade nas suas novas patas de titânio.

Ryzhik é um gato malhado, desgrenhado e desmazelado que foi encontrado nas ruas da cidade siberiana de Tomsk com as quatro patas completamente congeladas. O felino seria apenas mais uma das vítimas do Inverno implacável que assola a Sibéria se não tivesse sido encontrado por voluntários de uma associação de protecção animal. Dos braços de quem o resgatou, passou para o consultório do veterinário Sergei Gorshkov, em Novosibirsk, a mais de 200 quilómetros de distância, onde foi cuidadosamente examinado.

Agora, dois anos depois, Ryzhik vive uma vida normal na clínica de Gorshkov. O seu andar é marcado por um característico mancar, já que agora o gato tem quatro patas prostéticas. Os mecanismos foram implantados usando uma técnica semelhante à que é utilizada nos implantes dentários em seres humanos.

De acordo com o veterinário, Ryzhik é um dos primeiros gatos do mundo a ter quatro patas de titânio que foram implantadas directamente nos ossos utilizando uma técnica inovadora. “De forma geral, os gatos tentam conservar a sua temperatura corporal ao apoiar-se nas pontas das patas e estas, juntamente com as orelhas, nariz e cauda podem congelar”, refere Sergei Gorshkov.

Mas Ryzhik não é o primeiro gato “resgatado”​ pelo médico. Também Dymka, uma gata com pelo cinzento e sedoso, que vive em Novokuznetsk, a 300 quilómetros a sudeste de Novosibirsk, tem quatro próteses. Com carácter tempestuoso e quatro patas artificiais, Dymka leva agora uma vida típica de um gato doméstico.

“Ela corre, salta e brinca. O dono costuma enviar vídeos que mostram a forma como ela se movimenta e o resultado [do implante] parece ter sido óptimo. Estamos muito satisfeitos porque não esperávamos tanto sucesso”, afirma o veterinário.

Gorshkov, que também utilizou a mesma técnica em cães pequenos, avança, no entanto, que esta não pode ser aplicada em todos os animais que precisam de um membro artificial.

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