Genética explica os cães nas primeiras viagens humanas

Por Mário Sérgio Lorenzetto

O Instituto Francisco Crick, da Inglaterra, acaba de publicar na revista científica Sciense, a análise do DNA de 2.000 ossos e dentes de cães do Oriente Médio, Europa e Sibéria. São genomas que tem no máximo 10.900 anos, obtidos em escavações arqueológicas. Vários museus “emprestaram” os ossos e dentes para os cientistas.

Da Mesopotâmia para a Europa.

Estudos anteriores demonstraram que houve uma migração da Mesopotâmia (Iraque, Síria e Turquia) para a Europa. Agora, descobriram que esses viajantes levaram seus pets com eles. Mas nem sempre esses viajantes levavam seus cães, também ficou demonstrado que passaram a conviver com cães que já existiam na Alemanha e na Sibéria.

Continua o mistério da origem dos lobos.

A pesquisa nada diz sobre a origem dos cães. Segue a maioria que indica serem originários dos lobos. Em um momento indeterminado, um grupo de lobos mais tranquilos se aproximou dos humanos em busca de restos de alimentos. Óbvio que isso não ocorreu da noite para o dia. Foi fruto da seleção natural. Lobos que nasciam mais dóceis tinham maiores chances de conseguir mais sobras. E assim, prosperavam. Com o tempo, a seleção natural deu origem aos simpáticos animais que conhecemos. Mas essa não é uma tese unânime.

Os fósseis mais antigos de cães são alemães.

Essa teoria da evolução canina dá a data de 15.000 anos para os cães. Os fósseis mais antigos de cachorros foram encontrados na Alemanha e datam dessa época. São alguns milênios antes das primeiras civilizações que surgiram na Mesopotâmia. Sem duvida, eles estão no plantel bem antes de optarmos pela civilização.

Há 11 mil anos já existiam 5 linhagens de cães.

Há 11 mil anos já existiam cinco linhagens distintas de cachorros. São elas que deram origem aos cães do Oriente Médio, da Europa, da Sibéria, da Nova Guiné e da América do Norte (não havia cães na América do Sul nesse período).

Fonte: Campo grande News