BLOG – Multiparasitismo em gatos domésticos
Multiparasitismo, também conhecido como poliparasitismo, pode ser definido como a infestação simultânea de um único indivíduo hospedeiro com duas ou mais espécies de parasitas.
Por convenção, podemos chamar de “parasitas” os protozoários (por exemplo, flagelos, amebas, esporozoários, coccídios e microsporas); os helmintos (por exemplo, nematoides, trematódeos e cestódeos); e os artrópodes (por exemplo, ácaros, carrapatos, piolhos e pulgas).
Alguns autores que falam de multiparasitismo em humanos também incluem bactérias, fungos e vírus nessa lista. (Petney e Andrews, 1998)
Mas quando falamos em felinos domésticos, principalmente aqueles que tem acesso à rua e ou aqueles que caçam, temos um maior risco de quadros de multiparasitismo, com parasitismo intestinal, associados a ectoparasitas e até mesmo ao parasitismo causado por protozoários, como o Toxoplasma gondii.
Por esta razão, diante de um felino em nosso consultório é muito importante perguntarmos durante a anamnese sobre onde o animal vive, se ele tem acesso à rua, se ele tem o habito de caçar, quais animais/insetos ele caça, quais alimentos ele come, se ele ingere alimentos crus e qual a frequência. Podemos perguntar também sobre os contactantes, sobre os hábitos do tutor, se ele viaja, a ocupação do tutor e etc.
Muitos comportamentos podem colocar a saúde do seu paciente em risco, animais que tem acesso à rua, a outros gatos, a outros animais podem sem infestar com pulgas e carrapatos. E esses ectoparasitas podem ser a causa de anemias. Existem indivíduos que ainda possuem uma reação de hipersensibilidade a picada de pulgas e carrapatos, levando a quadros de prurido que causam bastante desconforto ao animal.
As pulgas e carrapatos podem ainda transmitir importantes hemoparasitas, causando comprometimento do sistema imune, anemias e até óbito. Além disso, gatos que tem comportamento de caçar ratos podem adquirir parasitas como Toxoplasma gondii e verminoses.
E sabemos que dependendo da carga parasitária e das comorbidades podemos ver uma doença mais branda ou mais grave.
Quando falamos de toxoplasmose devemos ainda alertar os tutores pelo componente zoonótico, principalmente em caso deste tutor ser imunossuprimido. Portanto é muito importante orientar os tutores quanto a prevenção e não oferecerem carne crua.
Além da Toxplasmose, lembrar que existem vários agentes infecciosos que são zoonóticos e são transmitidos pelo consumo ou pela manipulação de carne crua. Dentre esses agentes, temos a salmonela, a listéria, e ainda as micobactérias que causam tuberculose.
E mesmos gatos que vivem dentro de apartamentos, que não tem acesso a rua e não caçam devem ser tratados com antiparasitários e produtos para prevenir a infestação de ecto e endoparasitas, pois os próprios tutores podem trazê-los para casa.
Em relação a infestação por parasitas intestinais, vemos atualmente casos de multparasitismo em gatos parasitados com Ancylostoma spp., Toxocara sp., e Dipylidium caninum, além da Giardia spp. Estes parasitas comuns além de trazerem riscos aos animais são de grande importância na saúde pública.
Muitas doenças zoonóticas são transmitidas por vetores preveníveis, como as exemplificadas no quadro abaixo:
Em todos os casos, destacamos a importância de uma detecção precoce dos ectoparasitas, o correto diagnóstico das endoparasitoses, bem como seu correto tratamento.
Mas ainda que os animais possam ser tratados de forma satisfatória na maioria das afecções causadas por parasitas, a melhor estratégia ainda é a prevenção.
De acordo com o ESCCAP (European Scientific Counsel for Companion Animal Parasites – Conselho Científico Europeu para Parasitas de Animais de Companhia), os gatos tem diferentes riscos para parasitoses e, portanto, diferentes recomendações de desparasitação, conforme indicado no quadro abaixo:
Os gatos com acesso à rua, os que caçam, ou ingerem carne crua, ou seja, com maiores riscos (C* e D*) devem ser desparasitados com maior frequência e para isso precisamos indicar aos tutores produtos seguros, de fácil administração, formulados especialmente para a espécie felina e que possam prevenir o maior numero de parasitas em uma única aplicação tópica por mês.
Hoje, temos à disposição um produto prático e seguro, de aplicação tópica, a base de uma combinação inovadora de esafoxolaner, eprinomectina e praziquantel, que pode ser administrado mensalmente aos felinos a partir de 2 meses e 0,8 kg de peso.
Esta formulação trata e previne a infestação de pulgas (Ctenocephalides felis), carrapatos, ácaros como Otodectes cynotis, cestódeos gastrintestinais como Dipylidium caninum, Taenia taeniaeformis, Echinococcus multilocularis, Joyeuxiella fuhrmanni, Joyeuxiella pasqualei, nematódeos (Toxocara cati, Toxascaris leonina, Ancylostoma tubaeforme, Ancylostoma braziliense, Ancylostoma ceylanicum) e ainda oferece proteção contra Dirofilaria immitis, estágios L3-L4, vermes pulmonares Troglostrongylus brevior, fase adulta e estágio L4 e o verme vesical, Capillaria plica.
Este produto completo e único é o NEXGARD combo que foi recém lançado em nosso país pela Boehringer Ingelheim Saúde Animal e que pode ser indicado aos tutores como a forma mais prática e responsável de tratar e prevenir as principais doenças causadas por parasitas em felinos.
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