De acordo com a SES-MG, trata-se de um filhote de 5 meses que conviveu no mesmo ambiente e teve contato com um caso humano confirmado para varíola dos macacos. Este é o primeiro relato de transmissão da doença do ser humano para animais no estado.
A confirmação foi comunicada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS Minas) após resultado positivo de exame de biologia molecular (qPCR) realizado em amostra de um cão.
O paciente que foi contato do cachorro é dono do animal e iniciou os sintomas no último dia 3 de agosto. Ele procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade no dia 8, quando foi coletada amostra de lesão, cujo resultado foi positivo para a doença.
O paciente foi orientado a manter o animal em isolamento e a adotar medidas sanitárias para a rotina de alimentação do cão e de higienização do local. Ele deve usar luvas, máscara, blusa de manga comprida e calça para proteção da pele, bem como desinfecção da área com água sanitária.
Paciente e cão estão isolados em domicílio e passam bem, conforme informação da Superintendência Regional de Saúde. O único contato humano domiciliar do paciente continua assintomático e segue em monitoramento.
No Brasil, até o presente momento, não havia evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais ou de animais para o ser humano. Existem dois relatos no mundo, nos Estados Unidades e na França, em que a potencial transmissão de humano a animal está sendo estudada.
De acordo com os cientistas, o vírus que infectou um dos pacientes era 100% compatível geneticamente com o do cão. Os pesquisadores relatam que os tutores evitaram que o animal entrasse em contato com outros bichos de estimação ou humanos desde o início dos próprios sintomas.