Cães da Polícia Militar têm rotina de treinamentos lúdicos
Em Tatuí (SP), os filhotes Eagle e Emily são treinados diariamente com brincadeiras lúdicas e cuidadosas para atuação em ocorrências
Por Ana Guedes*, G1 Itapetininga e Região
Além de companheiros para todas as horas, os cães podem melhorar a qualidade de vida dos donos. Também há animais que são treinados para guiar pessoas com deficiência, ajudar no tratamento de pacientes em hospitais e até para combater a criminalidade.
Em Tatuí (SP), dois filhotes da raça Pastor Alemão, que ganharam os nomes de Eagle e Emily, chegaram ao Canil da 2ª Companhia do 22º Batalhão da Polícia Militar e estão sendo treinados com brincadeiras lúdicas e cuidadosas para atuarem em ocorrências como a localização de drogas.
Filhotes do Canil da PM de Tatuí recebem treinamento lúdico — Foto: Mike Adas/TV TEM
“O treinamento é feito com atividades lúdicas, por meio de brincadeiras com algum objeto que o cão goste. Pode ser uma bolinha, por exemplo”, explica Ivan Leandro de Moraes, sargento da PM.
Ainda segundo o sargento, mesmo que os cães “estagiários” se tornem um dia “profissionais” e participem de ocorrências com drogas, não há risco para a saúde dos animais.
“O cão não se torna viciado na droga, ele apenas faz associação e condiciona que o odor da droga o faz ganhar uma bolinha”, explica o policial sobre o treinamento de Eagle e Emily.
Filhotes do Canil da PM de Tatuí recebem treinamento lúdico — Foto: Mike Adas/TV TEM
Além de drogas, os cães do Canil da Polícia Militar de Tatuí também são treinados para encontrar outros objetos, como armas e dinheiro, mas o treinamento é diferente.
“O treinamento para encontrar armas é específico, mas também instigamos o odor. Existe uma lubrificação de fábrica que tem um odor característico em armas, mas o cheiro da pólvora também ajuda na localização.”
Filhotes do Canil da Polícia Militar recebem treinamento lúdico em Tatuí — Foto: Mike Adas/TV TEM
Rotina dos cães
Com uma rotina agitada, os cães acordam às 6h45, são alimentados, têm o espaço onde dormem higienizados, fazem o treinamento e, em seguida, saem a trabalho com a equipe de policiais.
Contudo, como todo trabalhador, os pets também tiram dias de folga quando o policial responsável não está a serviço.
Mesmo com a fama de bravos, segundo o sargento, todos os cães são mansos e equilibrados, pois agem apenas com comando.
Após o serviço, os cães da PM também demonstram satisfação quando sentem que a missão foi “cumprida” e fazem poses com direito a “sorriso” para as fotos oficiais da polícia.
Cão ajudou na apreensão de tijolos de maconha e pedras de crack em Tatuí, em março de 2018, ‘sorriu’ para foto — Foto: Polícia Militar/Divulgação/Arquivo